quarta-feira, 16 de março de 2016

Asteroide deve passar perto da Terra, mas não há risco de impacto

Asteroide deve passar perto da Terra, mas não há risco de impacto

Os cientistas que avaliaram o caso identificaram uma possibilidade remota de impacto do TX68 com a Terra no dia 28 de setembro de 2017.

Em 2014, o asteroide passou a uma distância de cerca de 2 milhões de quilômetros do planeta

Um pequenoasteroide chamado TX68 passou pela Terra há dois anos e está retornando no dia 5 de março. Desta vez o objeto pode passar bem maisperto da Terra do que antes mas, de acordo com a Agência Espacial Norte-americana (Nasa) não há possibilidade de cruzar a atmosfera terrestre.

Em 2014, o asteroide passou a uma distância de cerca de 2 milhões de quilômetros do planeta. Desta vez, pode passar a uma distância entre 17 mil quilômetros e 14 milhões de quilômetros, a depender da trajetória que o objeto seguir. A Nasa informou que não sabe ao certo a órbita do TX68, porque foi descoberto em 2013 e ainda foi pouco rastreado.

“A órbita desse asteroide é bem incerta, será difícil prever onde procurar ele no céu”, informou ao site da Nasa o gerente do Centro de Estudos NEO, Paul Chodas. “Há uma chance de que o asteroide seja observado por telescópios especializados durante essa passagem, nos provendo com dados para definir a órbita em torno do sol com mais precisão”, disse.

Os cientistas que avaliaram o caso identificaram uma possibilidade remota de impacto do TX68 com a Terra no dia 28 de setembro de 2017. A chance seria de uma em 250 milhões. “As possibilidades de colisões nas próximas três aparições previstas do asteroide são muito pequenas para serem motivo de preocupação”, disse Paul Chodas. “Eu realmente espero que as observações futuras reduzam essa possibilidade [de impacto] ainda mais”, completou.

O diâmetro do TX68 é estimado em 30 metros, dez a mais que o meteoro que se transformou em uma bola de fogo e provocou uma chuva de meteoritos ao cruzar a atmosfera sobre a cidade russa de Chelyabinsk, há três anos. Segundo a Nasa, se um asteroide do tamanho do TX68 entrasse na atmosfera terrestre, causaria uma explosão com o dobro de energia do episódio na Rússia.

Segundo a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) "Está em curso um golpe institucional"

Jandira condena grampos: "Está em curso um golpe institucional"

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou, nesta quarta (16), que a gravação de conversas privadas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidenta Dilma Rousseff não tem sustentação legal. De acordo com a parlamentar, o grampo e sua divulgação fazem parte de uma tentativa de incitar uma conflagração social, criando um clima que seja favorável ao impeachment de Dilma. Para ela, está em curso um “golpe institucional” no país.


  
“O advogado de Lula foi muito correto, verdadeiro, ao falar. Um grampo, para ser autorizado, precisa ter muitos critérios. E não havia nenhum critério que autorizasse um grampo no telefone do assessor do Lula, muito menos o da presidenta Dilma”, indicou.

Segundo ela, independentemente de Lula ser ministro, “não havia critério jurídico que justificasse, não tinha sustentação legal”, para as interceptações. No caso da Dilma, aponta, o Juiz Sérgio Moro sequer tinha “jurisdição ou competência” para grampear telefones do Planalto.

De acordo com Jandira, o fato expõe ainda mais a “politização” do Judiciário. “A decisão do juiz Moro tem se pautado pela política e, não, pela técnica. Isso significa uma tentativa de criar um clima, uma conflagração social de fato, para gerar um clima, para passar o impeachment na Câmara dos Deputados”, denunciou.

Para ela, há um golpe em curso. “Isso é um golpe institucional, tendo no comando parte do Poder Judiciário, articulando-se com setores jurídicos e da própria grande mídia brasileira, em particular, o Sistema Globo”, afirmou.

A deputada avaliou ainda que a Fiesp – que estampou em luminosos na sua fachada um pedido de renúncia da presidenta Dilma Rousseff, se soma ao “consórcio golpista” e que a postura é “grave, uma vez que esse posicionamento não necessariamente representa todos os setores industrias do país.

"Estranho"

Na sua página no Facebook, Jandira chamou a atenção para o fato de uma das ligações telefônicas grampeadas e divulgadas pelo Juiz Sérgio Moro ter início no Palácio do Planalto. "A secretária da presidenta faz de Brasília ligação para um segurança de Lula, em SP, mas antes da ligação ser atendida é possível ouvir a funcionária comentando algo. Ou seja, a ligação que partiu do Planalto já estava sendo grampeada, muito antes do segurança atender e dizer "alô". Isso seria um absurdo, Estado de Exceção. Chefe de Estado não pode ser grampeada!!!", afirma. 

ADVOGADO DE LULA SE PRONUNCIA SOBRE DIVULGAÇÃO DE ÁUDIO

"Não havia necessidade de divulgar esse áudio", diz advogado de Lula

Cristiano Zanin critica a divulgação da escuta policial do ex-presidente neste momento. "Este ato está estimulando uma convulsão social"

"Este ato está estimulando uma convulsão social. E isso não é papel do Judiciário", afirmou Zanin. Questionado sobre os conteúdos da escuta, o advogado afirmou que não poderia avaliar fazer uma avaliação agora. Ele comentou apenas que "não havia necessidade de fazer a divulgação dessse áudio neste momento".
"A minha posição é que este grampo envolvendo uma presidenta da República ser divulgado hoje, quando já não existe competência da Vara de Curitiba (em que atua o juiz Sérgio Moro) revela uma finalidade que não é a processual", disse. "A arbitrariedade independe do conteúdo do grampo. A arbitrariedade está na divulgação de um grampo envolvendo a presidente da República."
Zanin disse que não houve tentativa de obstruir a ação da Justiça, pois Lula não é réu. "De forma alguma, não houve nenhuma tentativa de obstrução. O presidente Lula não é réu em nenhuma ação, não existe ação penal contra o ex-presidente Lula."
"Se houver uma hipotética ação penal, ela será decidida pelo Supremo Tribunal Federal. E o ex-presidente está abrindo mão de o caso ser analisado por instâncias inferiores (com a nomeação para a Casa Civil)", afirmou Zanin.
O advogado falou com jornalistas no Instituto Lula, em São Paulo, onde estava o ex-presidente.                                                                                            FONTE: EPOCA